Espírito doce,
espírito divino
espírito de vinho.
Presos em bagas
implorando libertação.
Fluidos que escorrem
à total satisfação.
Póstuma homenagem ao que eram,
uvas verdes, maduras...
lembrança do paladar do que foram:
frutos feito bagas
exigindo liberdade.
Precisam de força,
pés que os pisem
e soltem
os fluídos deliciosos.
Sucos recolhidos
em barris imensos
envelhecem...
a espera do amanhecer
quando a liberdade chegará,
afinal...
Copos cristalinos
tilintando,
à vista do néctar divino,
bocas que degustam...
lábios a estalar,
satisfação plena, poderososa.
Sentem-se os espíritos.
Espírito doce,
espírito divino,
espírito de vinho.
28.06.1984
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